eSports são esportes ou entretenimento? Descubra a seguir!
Segundo a Ministra do Esporte, os eSports não passam de entretenimento e, por isso, não receberão investimentos públicos.
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No início de janeiro, a fala da Ministra do Esporte Ana Moser movimentou a internet. Segundo a ministra, os eSports não são esportes de fato, mas tão somente entretenimento, uma vez que os jogadores apenas se divertem jogando.
Ainda segundo a ministra, não está nos planos do Governo investimentos em esportes eletrônicos. A fala gerou discussões e muitas polêmicas, levando à insatisfação players de renome no setor de eSports.
Dessa forma, presenciamos muitos atletas na cena nacional se manifestando nas redes sociais, como o Gabriel “FalleN” do CS:GO, que pontuou no Twitter que, na Dinamarca, os eSports são profissão e entretenimento. Mas, e agora, eSports são esportes ou não? Isso é o que você fica sabendo aqui.
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eSports são esportes ou não?
Sim, os eSports já são considerados esportes, visto que portam as características de modalidades esportivas. Lev Pavlovich Matveev, um professor russo, já dizia que para classificar um jogo como esporte seria preciso que a atividade fosse competitiva.
Desse modo, se considerarmos que a competição é a base para o enquadramento de um jogo eletrônico como um esporte, os eSports são sim esportes, afinal, baseiam-se em competições entre equipes.
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Além disso, pelos fundamentos de Matvee, temos motivos de sobra para enquadrar os eSports na categoria de esportes. Mais que jogos ou brincadeiras que visam entreter, encontramos nos campeonatos de jogos eletrônicos estímulos especiais como troféus e prêmios em dinheiro.
Sem contar que as atividades seguem regulamentos precisos. Ninguém tem dúvidas de que no torneio de CBLoL os participantes possuem um conjunto de regras a serem seguidas, não é mesmo? E isso implica um outro fundamento da competição: o respeito às normas éticas do esporte, que todos os participantes devem ter.
É importante ainda deixar claro que no Brasil a Confederação Brasileira de Games e Esports representa o esporte eletrônico nacional diante da Global Esports Federation. Desse modo, a CBGE também é responsável pela regulamentação dos eSports.
Por fim, mas não menos importante, nos eSports os atletas possuem acesso às competições, vide os campeonatos famosos com premiações milionárias. Para citar alguns nomes: Valorant e o Rainbow Six Pro League.
Como os esportes se diferenciam de outras atividades?
Podemos dizer que os esportes, no geral, se diferenciam de outras atividades devido a 4 componentes: competição, esforço, realização e obstáculo.
A competição, como vimos anteriormente, diz respeito a concorrência e disputa entre os participantes, ancorada por um regulamento bem definido. Os próprios campeonatos são bons exemplos disso. Já o esforço condiz com o ato de treinar o máximo buscando um bom desempenho. Agora, se tem dúvidas de que os atletas de eSports se esforçam, então saiba que esses atletas passam por treinos de até 13h.
A realização consiste no desempenho esportivo. Aqui, pensamos nos resultados que marcam os grandes feitos durante a competição. Por exemplo, o ucraniano Oleksandr “s1mple” foi eleito o melhor player da década, sendo considerado o melhor jogador do mundo em 2018 e 2021.
Quanto aos obstáculos, temos as dificuldades que se impõe durante a disputa. Nos eSports podemos citar os ataques da equipe adversária como exemplo.
eSport e sua importância para a economia brasileira
A partir dessas considerações, temos material suficiente para dizer que os eSports são esportes de fato, e reconhecê-los como tal é fundamental para assegurar quem trabalha com a modalidade.
Não podemos nos esquecer ainda que muitos players sofrem sobrecarga mental, uma vez que a atividade exige horas e mais horas de treino. Assim, a falta de regulamentação trabalhista, deixam-os desamparados nas mãos apenas das organizações.
Além disso, não é qualquer pessoa que pode se tornar um pró-player no cenário atual. Isso porque o esporte exige acesso à internet e a um bom computador, o que faz do jogo pouco acessível para as classes econômicas mais vulneráveis.
Por outro lado, devemos salientar que os torneios movimentam milhões de reais na economia, gerando muitos empregos. Aliás, o público dos eSports tem crescido muito e estimulando a profissionalização dos jogadores.
Não temos como fugir, o mercado de eSports faz parte da economia brasileira. Com as maiores equipes de eSports batendo 100 milhões de fãs, o Brasil é o maior mercado da América Latina nesse segmento com uma receita em 2021 de R$ 11 bilhões.
Chegamos ao fim de mais um post aqui no site. E você, o que achou da opinião da Ministra Ana Moser? Concorda com ela ou acredita que os eSports são sim esportes e merecem ser reconhecidos como tal?
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