VAR: como surgiu e quais são seus principais usos dentro de campo?
Validação de gols, cobranças de pênaltis e confusão sobe a identidade dos jogadores podem exigir o uso do árbitro assistente. Entenda!
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O árbitro assistente de vídeo, ou VAR, começou a ser testado no universo futebolístico em 2016, embora já fosse utilizado em esportes como o futebol americano, tênis e basquete. Contudo, apesar dos testes em 2016, somente em 2018 o recurso foi aprovado pela Football Association Board, órgão responsável pelas regras do esporte.
Desse modo, com a aprovação, o VAR entrou em campo na Copa do Mundo de 2018. E, pouco a pouco, as confederações de cada país implementaram o árbitro de vídeo em suas competições.
O primeiro uso dessa tecnologia no futebol foi na Copa sediada pela Rússia, na partida entre Austrália e França. Na partida em questão, o VAR foi importante recurso para a decisão de um pênalti para a equipe francesa. Isso porque na ocasião, o árbitro não havia marcado a infração. Assim, foi só após rever o lance que a penalidade se deu, favorecendo a seleção francesa.
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Primeiro uso no Brasil
Vale salientar que o árbitro de vídeo passou a ser utilizado aqui no Brasil durante a Copa do Brasil em 2018, nas quartas de final. Assim, o primeiro uso do VAR no futebol brasileiro foi no jogo do Santos contra o Cruzeiro.
Durante a partida, o árbitro utilizou a ferramenta tecnológica para entender se Gabigol havia ou não sofrido um pênalti. Como podemos ver, a marcação de penalidades é um dos possíveis usos do VAR, mas não o único.
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Como e quando o VAR é utilizado?
Se você acompanha partidas de futebol, já deve ter assistido a um jogo em que o árbitro realizou um movimento com as mãos, pedindo para rever um lance pelo VAR. A revisão de um lance em um jogo de futebol pode se dar pelo desejo do juiz da partida ou ainda pelo próprio árbitro de vídeo. Isso quando há a percepção de que um lance foi marcado incorretamente.
Dessa forma, os árbitros de vídeo passam a informação ao juiz dentro dos gramados se determinado lance precisará ser melhor apurado. No entanto, a palavra final sempre é do árbitro de campo.
É importante dizer que não há um limite de tempo pré-estabelecido para que o juiz de campo tenha acesso a essa tecnologia no futebol. No entanto, a prática tem mostrado que o acesso é rápido, uma vez que os árbitros já estão mais familiarizados com a ferramenta. De todo modo, existem 4 principais situações dentro de campo que podem levar ao uso do VAR, confira a seguir:
Pênaltis
Como vimos anteriormente, o VAR pode vir a calhar em momentos de marcação da penalidade. Afinal, às vezes, o árbitro de campo pode não ter visto a falta ou, do contrário, pode marcar o lance errado. Assim, o árbitro de vídeo é consultado e, em casos de inconsistência, o lance é anulado prontamente ou o pênalti pode ser marcado.
Gols
É comum que o VAR seja consultado em ocasiões de ocorrência de um gol, tanto para validação ou anulação. Desse modo, o árbitro de vídeo verifica se o lance estava impedido ou se a bola tocou a mão de algum jogador. Há casos ainda que a ferramenta é utilizada para validação da ultrapassagem da bola da linha do gol.
Se o VAR for utilizado para a confirmação de um gol, o juiz só poderá reiniciar o jogo em casos de regularidade do lance comprovada pela ferramenta.
Cartões vermelhos
Que as agressões dentro de campo são mais comuns do que podemos imaginar, isso é verdade. Mas, nem sempre o caso de violência de um jogador para com outro é notado pelo juiz. Por isso, o VAR também pode ser utilizado em momentos de suspeita de infração, para que o juiz de campo averigue se há a agressão, que seja passível de cartão vermelho.
Engano sobre a identidade dos jogadores
A história do futebol já nos deu muitas provas de que um juiz de campo pode se enganar na hora de punir um jogador. Por isso, é comum que o árbitro de vídeo seja consultado para identificação do atleta que cometeu a infração. Desse modo, fica mais fácil para o juiz saber a quem deve dar o cartão.
Essa é uma forma contundente de punir quem de fato precisa e não ser injusto. Aliás, imagine se o VAR existisse em 1968, com certeza, o Rei Pelé não teria sido expulso ao invés de Coutinho, e a torcida não teria ficado tão furiosa com o juiz da ocasião.
Por fim, é importante dizer que, de acordo com o protocolo do VAR, a ferramenta não pode comunicar o juiz de campo qual time deve ter a posse de bola ou sobre a advertência de cartões amarelos.