Guia rápido: a história dos álbuns de figurinhas da Copa do Mundo
Nos primórdios, os álbuns eram fabricados por uma indústria de doces antes de caírem nas mãos da editora italiana Panini.
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Em clima de Copa, é comum que torcedores apaixonados comprem álbuns de figurinhas e saiam na busca de completá-los custe o que custar. Mas, nem todos sabem a história dos álbuns de figurinhas da Copa do Mundo.
O álbum que já entrou para a sua 14ª edição nem sempre foi da forma que conhecemos, sobretudo no preço. Afinal, a sua nova versão está gerando muitas polêmicas pelas inovações e pelo preço de venda. Afinal, as figurinhas estão o dobro do valor comercializado em 2018.
Mas, antes de entendermos como está o álbum da Copa Catar, que tal puxarmos no passado a origem deste livro de colecionador?
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Quando começou a produção de álbum de figurinhas?
O ano era 1950, ano este em que a Copa do Mundo teria o Brasil como sede pela primeira vez, quando a fábrica A Americana começou a produzir os primeiros números de álbuns de figurinhas em solo nacional.
A fábrica era então uma produtora de doces, por isso, as figurinhas acompanhavam as balas compradas pelas crianças como uma espécie de brinde. Mas, foi só quando a editora Panini entrou em cena, que a ideia de completar e colecionar álbuns de Copa do Mundo ganhou forma.
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Desse modo, a editora italiana, que iniciou suas produções em 1958, era primeiramente uma banca de jornal. Contudo, as confecções de álbuns de futebol só iniciaram em 1961 como uma forma do público se engajar ainda mais no campeonato italiano.
Já em 1970, quando a Copa teve o México por sede, e o nosso Brasil foi tricampeão, a moda se consolidou. Desse modo, foi nessa época que os álbuns de figurinha adquiriram a forma que conhecemos, com os cromos adesivos, as imagens de estágios e até a equipe técnica.
Desde então, a Panini é a grande responsável por todos os álbuns de figurinhas da Copa do Mundo. Até hoje, foram 14 edições lançadas, sendo estas completadas pelo álbum da Copa Catar 2022.
História dos álbuns de figurinhas da Copa: como ocorre a escolha dos jogadores?
Por tradição, o álbum é lançado 3 meses antes do grande evento em um trabalho conjunto da editora italiana e a Fifa, que precisa aprovar a edição.
Antes da aprovação da edição e confecção do álbum propriamente dito é necessário escolher os jogadores que entrarão em cena. E aqui há uma grande polêmica, os jogadores escolhidos para entrarem no álbum são escolhidos antes mesmo da seleção dos técnicos de cada time.
O processo de escolha dos jogadores da nossa seleção tem sido feito, pela 4ª vez consecutiva, pelo Tite da Panini, Vilson Manfrinati, a cabeça da escolha. Vale dizer que esse processo não é simples. Afinal, demora 2 anos para se concretizar e demanda estudo e negociação.
Para uma escolha mais assertiva, Manfrinati observa quais são os atletas com maior tendência de convocação para amistosos e eliminatórias. Isso para manter a lisura de não colocar um jogador que não competirá no torneio. E não se engane, as vezes é difícil de prever, e erros são passíveis de ocorrer.
Quando a Copa do Mundo ocorreu na África do Sul, em 2010, Adriano e Ronaldinho Gaúcho entraram para as páginas do álbum, mas ficaram fora da competição. Por isso o processo é longo e demanda bastante análise. Aliás, é preciso negociar o uso das imagens dos jogadores antes da produção dos cromos.
Como está a nova edição?
A Copa do Mundo será no Catar e começará no dia 20 de novembro com o jogo do Catar contra o Equador. O álbum com 650 espaços para receber as figurinhas chegou em cerca de 150 países. Além disso, há 4 espaços especiais para a colagem de cromos extras.
Cada pacote de figurinhas contém 5 unidades, mas existem pacotes raríssimos que possuem a 6ª figurinha, a extra. São 80 cromos extras correspondentes a 20 jogadores diferentes, de novatos a craques. Cada um dos jogadores pode ser encontrado com o fundo bordô, prata, bronze e ouro.
O preço dos pacotinhos é de R$ 4,00. No entanto, considerando que os cromos especiais são difíceis de se encontrar, alguns colecionadores têm disponibilizado as figurinhas por preços exorbitantes. Para termos uma noção, a figurinha de ouro do Neymar está sendo vendida por mais de R$ 8.000,00 no Mercado Livre.
O álbum em si sem capa dura pode ser adquirido por R$ 12,00. Mas, também pode ser adquirido em uma edição de capa dura por R$ 44,90. A Panini ainda lançou essa versão na cor prata e dourada. Esta completa para colecionadores se encontra no Mercado Livre por mais de R$ 30.000,00.
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