Mais de 20 mil sites de pirataria foram bloqueados pela MPA

Pirataria: mais de 20 mil sites de distribuição ilegal de filmes e séries foram bloqueados pela MPA

Por baixo do pano, o mercado pirata movimenta cifras bilionárias ao passo que impede a arrecadação de impostos e diminui as vendas das empresas.

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Fonte: Pixabay

De acordo com a Associação de Cinema dos Estados Unidos (MPA), mais de 20 mil sites de pirataria foram bloqueados no mundo. Tais domínios são voltados para a distribuição ilegal de filmes e séries, seja a partir da permissão do download ou streaming do conteúdo.

São 75 mil domínios fora do ar, com endereços diversos, mas que levam os usuários a um mesmo site. O número em questão é um grande avanço no combate à pirataria, considerando que a cópia e divulgação ilegal de filmes acontece, sobretudo, por sites e apps de serviços de streaming.

Ao que se calcula, o prejuízo da pirataria é de US$ 30 bilhões à economia norte-americana. Por outro lado, o mercado ilegal movimenta cerca de US$ 280,5 bilhões em séries e US$ 285,7 bilhões em filmes.

Deste total, acusa a MPA de que 85% da quantia é mantida pelos fraudulentos e o restante é investido em divulgação. Dessa forma, a ação da MPA tem sido de desligar os sites e redes sociais, impedindo que os consumidores consigam livre acesso ao material pirateado. Mas, quais são os impactos da pirataria para a nossa sociedade?

A pirataria poderia ser benéfica de alguma forma?

O termo ‘pirataria’ é utilizado desde o século XVII para fazer equivalência entre a cópia de um produto ao ato de roubar violentamente navios. Contudo, será que a pirataria é tão ruim para quem tem a ideia original ou pode ser benéfica de alguma forma?

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Bom, pensemos no seguinte, suponhamos que você vá até a 25 de Março e compre uma camiseta da Lacoste falsificada. Após algumas lavagens, a sua camiseta encolhe ao ponto de você não conseguir mais usá-la. Quais são as chances de você ficar com a impressão de que a Lacoste não é uma marca credível e de qualidade?

Dessa forma, a marca original acaba perdendo um potencial cliente, não concorda? Mas, sabemos que nem sempre a pirataria resulta em uma insatisfação. Por exemplo, um livro copiado pode servir de amostra e levar o consumidor a adquirir o produto original, o qual talvez não compraria se tivesse que pagar o preço total logo de início.

Paulo Coelho e ‘auto-pirataria’

Não precisamos de muito para entender a ideia supracitada. Afinal, Paulo Coelho, um escritor brasileiro, é defensor da pirataria de suas obras. Não é de se espantar que em seu blog constam diversos links que levam aos downloads gratuitos de seus livros. E sabe por quê?

Em 1999, quando a Rússia começou a publicar os livros de Paulo Coelho, o país estava passando por uma crise de papel, o que fez com que a tiragem do Alquimista fosse pequena.

Assim, ao encontrar uma edição digital em russo do seu livro circulando, o autor a compartilhou prontamente, o que alavancou as vendas conforme a normalização da impressão. Só em 2002 foram mais de 1 milhão de cópias comercializadas e, em 2011, mais de 10 milhões de cópias russas vendidas.

Percebemos que a depender da situação, cópias piratas em circulação podem ser interessantes, sobretudo quando o autor da criação se beneficia de alguma forma.

Contudo, perceba que, no caso em questão, a divulgação do produto pirateado foi feita, inclusive, pelo escritor. O problema maior é quando o proprietário não autoriza esta ação, o que ocorre em 99,9% dos casos.

Por que a pirataria é tão ruim?

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Fonte: Pixabay

Sabemos que a pirataria é crime, mas poucos sabem quais são os riscos que ela pode gerar na sociedade. Primeiro, categorizada como a cópia, venda ou reprodução de um conteúdo sem autorização dos proprietários, a pirataria impede a arrecadação de impostos.

Aliás, os prejuízos são bilionários, basta entender que o mercado ilegal ultrapassou a marca de R$ 280 bilhões em 2020 no Brasil.

Além disso, quando adquirem um produto pirateado, nem todos os consumidores possuem a consciência de que este não é original. Dessa forma, experiências negativas com as cópias podem causar insatisfação nos compradores, que têm grandes chances de culpar a marca pela baixa qualidade dos produtos. Em decorrência disso, as marcas e empresas oficiais também perdem, visto que estão perdendo compradores.

Outro fator que corrobora para a criminalização da pirataria diz respeito a falta e qualidade dos produtos, o que pode ser um risco à saúde dos consumidores. 

Por exemplo, além de remédios pirateados muitas vezes serem produzidos com substâncias proibidas pela Anvisa, óculos de sol falsificados podem comprometer a saúde ocular dos consumidores, causando, inclusive, um descolamento de retina. Isso mesmo, o assunto é mais sério do que imaginamos.

Dessa forma, a exposição dos consumidores a produtos pirateados pode ser um atentado à qualidade de vida, de modo que nunca foi tamanha verdade a frase: o barato sai caro. Em outras palavras, embora em alguns casos os produtos pirateados possam promover o original, na maior parte das vezes, os impactos da pirataria são bem mais do que morais.

Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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