Roland Garros: curiosidades que fazem deste torneio um ícone do tênis

Saber um pouco mais sobre a história e os detalhes desse Grand Slam só faz a gente gostar ainda mais de assistir.

Roland Garros é muito mais do que um torneio de tênis, ele carrega histórias e curiosidades que poucos conhecem. Por exemplo, o nome vem de um piloto francês que foi pioneiro na aviação. Além disso, as partidas no saibro trazem desafios únicos que mudam totalmente o ritmo do jogo.

Além disso, Roland Garros já viu jogadas incríveis e recordes que ficaram marcados para sempre. Sabia que o torneio já teve disputas que duraram horas e até dias? Tudo isso faz parte do charme e da tradição que envolvem essa competição tão especial.

1. Nome em homenagem a um aviador, não a um tenista

Roland Garros era um aviador renomado na França, conhecido por feitos importantes na aviação durante a Primeira Guerra Mundial. O que poucos sabem é que o torneio de tênis recebeu esse nome em homenagem a ele, e não por qualquer relação direta com o esporte.

Garros era amigo de um dos dirigentes do Stade Français, clube que teve papel central na história do torneio. Em 1928, ao inaugurar o novo complexo de tênis, decidiram nomeá-lo em homenagem ao aviador, reconhecendo sua trajetória e ligação com o país.

2. É o único Grand Slam disputado no saibro

Roland Garros se destaca por ser o único dos quatro Grand Slams a ser jogado no saibro. Essa característica única influencia diretamente o estilo de jogo, tornando as partidas mais lentas e exigindo mais resistência dos atletas. Afinal, a superfície de saibro favorece jogadores com bom preparo físico e habilidade em trocar bolas no fundo da quadra.

Ao contrário das quadras rápidas de Wimbledon ou do US Open, onde os saques potentes e os voleios são armas importantes, em Roland Garros a paciência e a capacidade de construir os pontos são fundamentais.

Aliás, a bola quica mais alto no saibro, o que dá aos jogadores mais tempo para reagir, mas também exige mais esforço para se movimentar pela quadra. É por isso que os jogos em Roland Garros costumam ser mais longos e desgastantes, testando os limites dos tenistas.

3. Os pontos duram mais do que em qualquer outro torneio

Roland Garros, por ser disputado no saibro, tem uma característica bem peculiar: os pontos costumam ser mais longos e exigem mais dos atletas. Como dissemos, a bola quica mais alto e perde velocidade, o que faz com que os jogadores precisem se movimentar mais e golpear com mais força para superar o adversário.

Essa dinâmica transforma cada partida em um verdadeiro teste de fôlego. Afinal, os tenistas precisam estar preparados para longas trocas de bola, com ralis que podem durar dezenas de segundos. Isso exige um preparo físico impecável e uma estratégia bem definida para não se desgastar demais ao longo do jogo.

4. Rafael Nadal é o maior campeão da história do torneio

Quando se fala em Roland Garros, é quase automático pensar em Rafael Nadal. Até porque o tenista espanhol simplesmente dominou o saibro por anos e anos. Para se ter uma ideia, ele é o maior campeão disparado do torneio, com incríveis 14 títulos.

Sem dúvida, é um número impressionante que mostra o quão especial ele era nas quadras de Paris. Atrás dele, bem distante, estão Max Decugis, com 8 conquistas na Era Amadora, e Bjorn Borg, com 6 na Era Aberta. A diferença é gritante, né?

O domínio de Nadal foi tão grande que até mesmo Roger Federer, um gigante com 20 títulos de Grand Slam, conseguiu vencer em Roland Garros apenas uma vez. Isso diz muito sobre o quão difícil era batê-lo nesse torneio. Agora, com Nadal fora das quadras, fica aquela sensação de que uma era se encerrou.

5. As bolas de tênis foram alteradas em 2020

Em 2020, Roland Garros implementou uma mudança relevante ao substituir as bolas de tênis utilizadas no torneio. A decisão teve como objetivo alterar a dinâmica das partidas, oferecendo novas condições de jogo. No entanto, a novidade gerou reações distintas entre atletas e espectadores, especialmente em relação à velocidade e ao controle durante os pontos.

Enquanto alguns jogadores apontaram que as novas bolas tornaram os confrontos mais lentos, outros destacaram uma melhora no controle e na precisão dos golpes. Aliás, a alteração provocou discussões técnicas, principalmente entre os especialistas em saibro, que sentiram a diferença nas trocas de bola mais longas e nas estratégias adotadas em quadra.

6. Chove, mas não para mais o jogo

No passado, a chuva em Roland Garros provocava a paralisação imediata das partidas, já que o saibro molhado aumentava o risco de escorregões e lesões. Certamente, esse tipo de interrupção causava atrasos frequentes e deixava a programação do torneio instável.

Com a instalação do teto retrátil na quadra Philippe-Chatrier e em outras estruturas, o torneio passou a lidar melhor com as mudanças climáticas. Embora ainda possam ocorrer pequenos ajustes nos horários, a continuidade dos jogos está muito mais garantida. Assim, essa melhoria trouxe mais segurança para os atletas e tranquilidade para o público.

7. Começou como um torneio apenas para franceses

Roland Garros nem sempre teve o perfil internacional que o consagrou nas últimas décadas. No século XIX, o torneio era restrito a tenistas filiados a clubes franceses, funcionando praticamente como uma competição nacional. A participação estrangeira era inexistente, o que refletia o cenário esportivo da época.

Todavia, essa realidade começou a mudar em 1925, quando o torneio passou a aceitar atletas de outros países. Inclusive, a decisão ampliou sua relevância e consolidou Roland Garros como um dos quatro Grand Slams do circuito mundial. Antes disso, a competição mantinha um perfil mais restrito, voltado exclusivamente ao cenário francês.

É isso! Roland Garros é uma parte importante da história do tênis, com momentos inesquecíveis. Desde as primeiras edições até os dias de hoje, o torneio sempre foi um lugar onde os maiores talentos se encontram. Aproveite que chegou até aqui e conheça alguns benefícios do tênis para a sua vida. Até mais!